Nome: Fernando Rocha
Idade: 37 anos
Instituição: Universidade da Beira Interior (UBI), Covilhã, Portugal.
Área de investigação :Comunicação esportiva, comunicação de responsabilidade social, fake-news e convergência cultural
Como começou o teu percurso como investigador? Algum acontecimento ou evento particular suscitou o teu interesse pela área da investigação que atualmente desenvolves?
Eu sempre tive, no fundo, um sonho que parecia distante, de ser um investigador na área da comunicação e, passo seguinte, dedicar-me à docência, no entanto, os obstáculos começaram já na minha área de formação: gestão. Uma série de fatores, à época, me impediram de cursar jornalismo, que era a minha intenção. Enquanto tivemos um problema de saúde na família, criei, ainda muito jovem, um jornal de esportes. A ideia de cursar administração veio da necessidade de gerir o meu próprio negócio. No decurso dessa formação, que foi de grande valia para a minha carreira, acabei focando, essencialmente, na vertente do marketing, enquanto as atividades profissionais sempre tiveram maior relação com a comunicação. Fiz uma pós-graduação em comunicação e marketing para convergir as atividades profissionais e acadêmicas, mas posso dizer que foi a partir do Mestrado em Comunicação Estratégica, na UBI, que comecei, efetivamente, a focar-me na investigação. Aproveitei as disciplinas do primeiro ano que tinham proposta de artigo científico para iniciar o meu percurso como investigador. A partir daí, ingressei no doutoramento e procuro conciliar o tempo para poder, regularmente, desenvolver novos estudos.
Podes apresentar-nos um pouco da tua produção científica enquanto investigador?
Ainda é incipiente, mas centra-se nas temáticas de comunicação esportiva, convergência de media, fake-news, pós-verdade, storytelling e posicionamento de marca. Para além da participação em congressos e seminários de comunicação, destaco a produção de alguns artigos, como: “Comunicação Estratégica no Futebol Brasileiro: Estudo sobre os Campeões Nacionais de 2018 na Copa Libertadores 2019”, publicado na Revista Geminis (Brasil), um estudo inicial para a produção da Dissertação de Mestrado, que aprofundou este trabalho, com o título “Narrativa Transmídia no Futebol: Estudo de caso dos clubes brasileiros com maior presença digital”, em que tive a oportunidade de desenvolver sete princípios para a Narrativa Transmedia aplicáveis à comunicação de clubes de futebol.
Em 2020, na condição de autor e co-autor, ainda publiquei: “A Estratégia e a Vantagem Competitiva: Estudo de Caso Fintech Nubank”, na Revista Gestin (Portugal); “O fact-checking no Brasil e em Portugal: uma análise dos sites Agência Lupa e Polígrafo no combate às fake news relacionadas com o Coronavírus”, na Revista Estudos de Jornalismo (Portugal); “Jornalismo em tempos de COVID-19”, na Revista Geminis (Brasil) e “As Fake News e o Coronavírus: uma Análise dos Portais mais Acessados de Brasil e Portugal”, capítulo publicado no Livro “Jornalismo em tempos da pandemia do novo coronavírus”, da Ria Editorial.
Em 2021, como co-autor, destaco a publicação do artigo “Audience transformations and new audio experiences: An analysis of the trends and consumption habits of podcasts by Brazilian listeners”, no Journal of Audience & Reception Studies, e o aceite do artigo “A Transmídia no anúncio da pandemia da COVID-19: uma análise das redes sociais digitais e do aplicativo da Organização Mundial de Saúde”, na Revista Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho (Portugal), além de ser autor do artigo “A Criação de Identidade de Marca a partir do uso de um Arquétipo de Comunicação: Estudo de Caso com os jogadores Cristiano Ronaldo, Messi e Neymar”, com aceite para publicação na Revista Tropos (Brasil).
Atualmente, foco-me na produção e desenvolvimento da Tese de Doutoramento, que tem o título “Não é só Futebol. As ações de comunicação e a responsabilidade social dos clubes da I Liga de Portugal e da Série A do Brasil”.