Nome Giovanni Ramos
Idade 37 anos
Instituição Universidade da Beira Interior / Faculdade de Artes e Letras / Labcom
Área de investigação Jornalismo / Modelos de negócios
Como começou o teu percurso como investigador? Algum acontecimento ou evento particular suscitou o teu interesse pela área da investigação que atualmente desenvolves?
Mudei para Portugal em 2016 para fazer o mestrado em Jornalismo. O mestrado no Brasil possui viés acadêmico. Eu vim para cá querendo entrar na pesquisa. Antes, atuei durante 11 anos no mercado de jornalismo local do Estado de Santa Catarina.Desde o mestrado minhas pesquisas estão focadas nos modelos de negócios e na sustentabilidade financeira do jornalismo. Eu vi o jornalismo do interior de Santa Catarina ganhar muito dinheiro entre 2006 e 2014 e vi tudo afundar em 2015 e 2016, durante a crise financeira que o Brasil entrou (e não saiu até agora). Entendo que o jornalismo praticado no século XX já morreu e ainda não conseguimos entender como vai funcionar a comunicação neste século.
Podes apresentar-nos um pouco da tua produção científica enquanto investigador?
Como disse, o foco sempre foi modelos de negócios. Já estudei sobre as fontes de financiamento dos podcasts, dos media regionais, o uso de técnicas como crowndfunding, publieditoriais, entre outros. Recentemente, publiquei um mapa do deserto de notícias em Portugal, um fenómeno preocupante.
Qual foi o ponto de partida para o projeto de doutoramento que desenvolves? Fala-nos um pouco sobre ele.
Vou propor um desenho de modelos de negócios para o jornalismo de proximidade atuar em rede, isto é, um esquema de como jornais, jornalistas, rádios locais e outros agentes mediáticos podem se unir entre si e com outros atores sociais para criar uma rede que permita uma melhor sustentabilidade financeira e um produto com mais qualidade no mercado.
Atualmente, dedicas-te exclusivamente à investigação?
Desde janeiro de 2021.