Estudos Fílmicos
A área de Estudos Fílmicos, assim como as áreas com designações equivalentes (por exemplo a norte-americana de «Cinema Studies») tem demonstrado, em geral, uma capacidade de estudo e de evolução investigacional, reflectindo as principais correntes de pensamento crítico que se têm afirmado, ao longo de algum tempo, em todas as áreas dos estudos culturais.
EVENTOS RELACIONADOS
MISSÃO
PROMOVER A INVESTIGAÇÃO NA ÁREA DOS ESTUDOS FÍLMICOS.
APRESENTAÇÃO
No livro de actas do 4.º Congresso da SOPCOM, o nosso saudoso e querido Vítor Reia-Baptista, sintetizava os princípios do nosso Grupo de Trabalho, que aqui recuperamos, em jeito de homenagem:
A área de Estudos Fílmicos, assim como as áreas com designações equivalentes (por exemplo a norte-americana de «Cinema Studies») tem demonstrado, em geral, uma capacidade de estudo e de evolução investigacional, reflectindo as principais correntes de pensamento crítico que se têm afirmado, ao longo de algum tempo, em todas as áreas dos estudos culturais.
No entanto, também é fácil constatar que algumas dessas correntes de reflexão e de crítica, com o passar dos tempos, acabam por fazer o seu próprio caminho, por vezes muito mais ligado às evoluções das características conjunturalmente predominantes – sejam elas de carácter essencialmente tecnológico, artístico ou sóciocultural – do que às características mais directamente relacionadas com elementos específicos de estudo fílmico ou cinematográfico.
É nestes contextos de reflexão que, para além dos campos tradicionais da história, da teoria e da crítica cinematográficas (de carácter ético, estético, psicológico, sociológico, económico, …) se foram estabelecendo géneros e perspectivas de estudo, por vezes afins com os géneros de produção estabelecidos ou emergentes, mas também complementares e adjacentes a outras áreas de estudo como a antropologia (muito marcante nos estudos norte-americanos sobre «afroamerican, hispanoamerican e nativeamerican cinema») ou os estudos de género (igualmente marcantes nas abordagens usualmente designadas por «gay e lesbian cinema», ou, mais recentemente, por «queer cinema») e nestes, muito particularmente no que respeita ao desenvolvimento de um campo de estudos feministas, onde pontuam casos óbvios de referência como, por exemplo, os de Janet Staiger, Elizabeth Cowie e Teresa deLauretis. Igualmente interessante é notar a emergência de novas abordagens de algumas cinematografias nacionais, como a chinesa, mas também de reenquadramento de cinematografias já anteriormente bastante estudadas como a indiana e a brasileira e que surgem agora ilustradas por novas perspectivas de enfoque, como nos mostra de forma especialmente interessante e próxima o caso brasileiro também designado por «Cinema da Retomada».
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