XIII congresso da Lusocom em Moçambique
Como é do
conhecimento geral, teve lugar na cidade da Praia, em Cabo Verde, entre os dias
19 e 22 de outubro do ano corrente, o XII congresso da Lusocom.
Esta foi a
segunda vez que, na história da Lusocom, cuja fundação remonta a 1997, um
congresso teve lugar num país africano – sendo que o primeiro tinha tido lugar
em Moçambique. Como resume Moisés de Lemos Martins, dos onze realizados até ao
momento, “cinco Congressos da Lusocom são realizados em Portugal, três no
Brasil, dois na Galiza e um em Moçambique” (MARTINS, 2015, p. 15).
Assim, forçoso é
reconhecê-lo, no que diz respeito à organização de congressos, mas não só, a
Lusocom tem sido uma tarefa sobretudo de investigadores brasileiros, galegos e
portugueses. Apesar dos esforços das
associações que têm dirigido a Lusocom de forma rotativa e colegial – a
Intercom (Brasil), a Sopcom (Portugal) e a Agacom (Galiza) -, a Federação não
tem conseguido envolver, de forma significativa, regular e sistemática, os
investigadores e as instituições de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
As razões são
diversas, sendo a primeira delas o desconhecimento mútuo e a escassez ou
ausência de ligações entre investigadores e instituições dos diversos países.
Precisamente no
sentido de alargar a ação da Lusocom a outros países lusófonos, as associações
que a integram decidiram, ainda na cidade da Praia, que o seu XIII congresso
terá lugar, em 2018, novamente em Moçambique, cuja associação ofereceu
garantias nesse sentido; perspetiva-se, ainda, que os próximos congressos
venham a acontecer na Guiné e em Angola.
Precisam-se, por
isso, mais projetos e ligações entre todos nós, investigadores e instituições
dos vários países lusófonos.
Paulo Serra