Nome Giselle Andrade Calleia da Costa
Idade 44 anos
Instituição Centro de Estudos da Comunicação e Sociedade (CECS) do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade do Minho
Área de investigação Comunicação Organizacional / Comunicação Interna
Como começou o teu percurso como investigadora? Algum acontecimento ou evento particular suscitou o teu interesse pela área da investigação que atualmente desenvolves?
Meu percurso começou com um convite de minha orientadora, a professora-doutora Teresa Ruão, para realizar, em 2018, uma investigação na Bosch Car Multimedia Portugal e tentar perceber de que forma as ferramentas de comunicação interna poderiam agir na satisfação dos colaboradores. Foram seis meses de investigação e o resultado foi defendido na minha dissertação de mestrado. Adorei a experiência e foi quando decidi seguir essa área. A conclusão, a complexidade do trabalho e o resultado alcançado credenciaram-me ao doutoramento.
Podes apresentar-nos um pouco da tua produção científica enquanto investigadora?
Tudo aconteceu muito rápido no meu percurso, o que me enche de orgulho. Eu posso dizer que sou, literalmente, uma Jovem Investigadora. Iniciei o meu percurso há apenas dois anos e somente no início deste ano publiquei o meu primeiro trabalho na revista especializada em semiótica da Universidade da Beira Interior, a Eikon. No entanto, tenho me dedicado a escrever e desenvolver a escrita científica desde o início do doutoramento. Tenho mais dois textos em revisão e mais dois que estou a trabalhar. Esses textos dizem respeito ao meu projeto de doutoramento “os desafios da comunicação interna em organizações virtuais”.
Qual foi o ponto de partida para o projeto de doutoramento que desenvolves? Fala-nos um pouco sobre ele.
O ponto de partida surgiu de minha experiência em plataformas digitais durante a pandemia. Passei a perceber que softwares como o Zoom, Teams, Workplace estavam a se tornar verdadeiros escritórios virtuais, os quais congregavam grande parte – ou se não todas – as atividades de uma organização tradicional. A minha intenção é estudar uma organização que esteja em desenvolvimento de sua cultura para inovação para perceber como a virtualização desafia a comunicação humana. De que forma as plataformas digitais interferem na comunicação interna e quais os caminhos que podemos sugerir para melhorar o processo. Nesse momento, estou no início da investigação. Ainda no levantamento do Estado da Arte dos principais conceitos e em busca de uma organização para investigar.